Resenha: O Abrigo de Kulê
Não vou mentir: Quando eu vi a capa me encantei, aí li a sinopse e pensei: preciso participar dessa leitura coletiva. Organizada pela agência de comunicação LC e trazendo uma história de Juliana Valentim, a narrativa se trata de uma leitora leve, que traz as histórias de personagens diferentes mas que aborda um tema importante.
Mas então, é sobre o que? Senta, deixa eu te contar: O ano é 1940. A cidade, uma dessas onde os velhos espiam pelas janelas com seus olhos cheios de memórias, onde as crianças brincam pelas ruas, com seus pés nus, e meninas sem luxo se enfeitam para ver a festa na praça. Maria, uma moça que ama os livros e sonha em ver o mundo, encontra Gabriel, um caixeiro-viajante vendedor de brinquedos. O que eles não sabiam, na beleza inocente da juventude, é que o destino tem seus caprichos. O que eles não sabiam é que a liberdade é o bem mais precioso de quem vive. E é por ela que se luta, todos os dias!
Te deixei curioso (a/e)? Pois calma que tem mais. Os personagens são tão bem construídos que se tornam cativantes, não vou negar que entreguei meu coração de bandeja pra Maria, uma das protagonistas, menina esperta, leitora voraz e que tem um papel importantíssimo: sua admiração à cultura afrodescendente e sua relação que virá disso, não só tem papel importante para a trama como acaba gerando uma reação em cadeia, até amolecer o coração de seu velho pai (Racista até o osso) e vencer donos de fazendas que se achavam, também, donos de gente.
Logo de início, somos apresentados a Gabriel, menino charmoso e queridinho das crianças, seus caminhos se entrelaçam aos de Maria e se você gosta de plot twist se prepare para o que virá aqui, dessa relação e do que vier depois. A partir daí, temos Pedro, menino corajoso e amigo de Maria, Nina, a bailarina (que também roubou meu coração e levou com o circo) e, claro, Kulê, assim como Pedro, figura importantíssima, pretos/negros denfesores de seu povo até o fim, me encanta também a trajetória de ambos, não quero dar spoiler - Já que faço isso com frequência - Mas é possível identificar neles personagens importantes da nossa história que lutaram até o fim da vida contra o racismo estrutural, a homenagem feita a Kulê pra mim foi um ótimo toque da autora com relação a isso,além de sua trajetória. E voltando à minha nossa queridinha: Maria, acaba por viver uma história linda e que, se está esperando um lindo e clichê romance, vá com calma hahaha uma coisa que também me deixou apaixonada, é o fato de a autora mostrar que há muitos finais felizes possíveis. E Maria tem o seu.
Abordar um tema delicado como a questão racial em pouco tempo após a abolição da escravidão, é uma tarefa bem delicada e eu gosto de ver como a autora mostra a luta e determinação desses personagens, mas sem se aprofundar a um nível de correr o risco de cometer deslizes e mesmo que em alguns momentos eu tenha sentido alguma situação, é preciso compreender que a história se passa nos anos 40, para ser fiel àquela realidade, obviamente algumas situações irão nos incomodar. E que bom que incomoda, é bom percebermos o quanto é absurdo e entendermos que sim, ainda é algo presente na nossa realidade (Pessoas negras/pretas em trabalhos insalubres, uma escravidão contemporânea), bem como o racismo estrutural que podemos ver ao nosso redor, dia a dia. Mas em um próximo post eu irei abordar isso com mais detalhes.
Uma leitura gostosa, que chama a atenção para questões importantes, que faz cair por terra a competitividade feminina entre as personagens - Nessa parte eu vibrei - que te envolve e que te faz piscar mil vezes em momentos chave. O amadurecimento dos personagens te faz, mesmo que inconscientemente, se apegar a eles, se identificar. E a questão que fica é: Mas eu não vou ter nem um tasquinho do pé de moleque da mãe de Gabriel?
Gostou? Quer matar essa curiosidade sobre a trama? Então, não perde tempo não, o livro está disponível na Amazon e já que estamos na semana do consumidor, corre, vai que tu garante o seu com um super desconto? Depois volta aqui e me conta o que achou da resenha e da leitura!
Mas então, é sobre o que? Senta, deixa eu te contar: O ano é 1940. A cidade, uma dessas onde os velhos espiam pelas janelas com seus olhos cheios de memórias, onde as crianças brincam pelas ruas, com seus pés nus, e meninas sem luxo se enfeitam para ver a festa na praça. Maria, uma moça que ama os livros e sonha em ver o mundo, encontra Gabriel, um caixeiro-viajante vendedor de brinquedos. O que eles não sabiam, na beleza inocente da juventude, é que o destino tem seus caprichos. O que eles não sabiam é que a liberdade é o bem mais precioso de quem vive. E é por ela que se luta, todos os dias!
Te deixei curioso (a/e)? Pois calma que tem mais. Os personagens são tão bem construídos que se tornam cativantes, não vou negar que entreguei meu coração de bandeja pra Maria, uma das protagonistas, menina esperta, leitora voraz e que tem um papel importantíssimo: sua admiração à cultura afrodescendente e sua relação que virá disso, não só tem papel importante para a trama como acaba gerando uma reação em cadeia, até amolecer o coração de seu velho pai (Racista até o osso) e vencer donos de fazendas que se achavam, também, donos de gente.
Logo de início, somos apresentados a Gabriel, menino charmoso e queridinho das crianças, seus caminhos se entrelaçam aos de Maria e se você gosta de plot twist se prepare para o que virá aqui, dessa relação e do que vier depois. A partir daí, temos Pedro, menino corajoso e amigo de Maria, Nina, a bailarina (que também roubou meu coração e levou com o circo) e, claro, Kulê, assim como Pedro, figura importantíssima, pretos/negros denfesores de seu povo até o fim, me encanta também a trajetória de ambos, não quero dar spoiler - Já que faço isso com frequência - Mas é possível identificar neles personagens importantes da nossa história que lutaram até o fim da vida contra o racismo estrutural, a homenagem feita a Kulê pra mim foi um ótimo toque da autora com relação a isso,além de sua trajetória. E voltando à minha nossa queridinha: Maria, acaba por viver uma história linda e que, se está esperando um lindo e clichê romance, vá com calma hahaha uma coisa que também me deixou apaixonada, é o fato de a autora mostrar que há muitos finais felizes possíveis. E Maria tem o seu.
Abordar um tema delicado como a questão racial em pouco tempo após a abolição da escravidão, é uma tarefa bem delicada e eu gosto de ver como a autora mostra a luta e determinação desses personagens, mas sem se aprofundar a um nível de correr o risco de cometer deslizes e mesmo que em alguns momentos eu tenha sentido alguma situação, é preciso compreender que a história se passa nos anos 40, para ser fiel àquela realidade, obviamente algumas situações irão nos incomodar. E que bom que incomoda, é bom percebermos o quanto é absurdo e entendermos que sim, ainda é algo presente na nossa realidade (Pessoas negras/pretas em trabalhos insalubres, uma escravidão contemporânea), bem como o racismo estrutural que podemos ver ao nosso redor, dia a dia. Mas em um próximo post eu irei abordar isso com mais detalhes.
Uma leitura gostosa, que chama a atenção para questões importantes, que faz cair por terra a competitividade feminina entre as personagens - Nessa parte eu vibrei - que te envolve e que te faz piscar mil vezes em momentos chave. O amadurecimento dos personagens te faz, mesmo que inconscientemente, se apegar a eles, se identificar. E a questão que fica é: Mas eu não vou ter nem um tasquinho do pé de moleque da mãe de Gabriel?
Gostou? Quer matar essa curiosidade sobre a trama? Então, não perde tempo não, o livro está disponível na Amazon e já que estamos na semana do consumidor, corre, vai que tu garante o seu com um super desconto? Depois volta aqui e me conta o que achou da resenha e da leitura!
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